domingo, 31 de maio de 2009

Conheça Silvana, uma devota de Bárbara Maix

Popularmente conhecida como Silvana, Maria da Silva e Silva, é uma mulher de fé e fervorosa devota da Venerável Bárbara Maix. Ela tem 40 anos, é casada há 20 anos com seu Floriano (para os amigos Seu Flor). Da união nasceu quatro filhos: Cleiton, Wellington, Suzana e José (Zezinho). Infelizmente, o filho mais velho, Cleiton, faleceu há cinco anos. E hoje, com todo com o que passou e passa, Silvana mostra-se uma mulher exemplo de força e superação. Ela nos revela sua maior riqueza: a fé.
Por: Magnus Regis


Domingo a tarde

Foi durante uma tarde de domingo que dona Silvana nos recebeu em sua casa na Rua Projetada, Vila Bagdá, zona sudeste de Teresina, capital do Piauí. O local surgiu de uma invasão há mais de 15 anos e como em muitas outras vilas da cidade, as casas são coladas uma na outra. Mesmo assim, não deixa de ser um espaço agradável para uma boa conversa.

Após comunicar que falaríamos sobre Bárbara Maix para realizar uma matéria, prontamente diz em meio a um sorriso: “Rezo sempre pra ela” e a conversa começa... Aproveitei a oportunidade para pagar uma dívida um tanto quanto antiga: prometi uma foto ampliada de Bárbara Maix. Desde a promessa até a entrega foram cerca de seis meses. A Imagem foi recebida com alegria: “como ela é linda” exclamou.

Sivana e Zezinho, seu filho mais novo


Naquela tarde descubro que Silvana foi uma das fundadoras da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que integra a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida. A época e a vista de alguns, o local próximo ao Rio Poty, parecia mais um pântano, mas para os que buscavam uma moradia digna aquele era um espaço próprio para realização do sonho da casa.

Ela conta que participou das primeiras missas que eram realizadas em um creche. Após crescimento da comunidade, nossa personagem também presenciou a benção da pedra fundamental e todo o processo de construção do templo da comunidade: “Agente chegou primeiro, depois veio as irmãs. Elas nos ajudaram nas missas e depois na construção da Igreja”, disse

De forma sofrida criou os filhos. Acompanhou e acompanha a formação escolar e cristã de cada um. Trabalhou como doméstica em muitas casas, cuidando do lar e dos filhos dos outros e também dos seus.

Sempre colocou seus filhos na catequese e conversava com os catequistas quando surgia algum problema em relação as faltas dos mesmos nos encontros da pastoral. Diante de tantos problemas sociais, confia a comunidade a formação humana e religiosa de sua prole.

E por falar em religiosidade, Silvana conta cheia de orgulho uma de suas últimas conquistas: “Eu aprendi a rezar o terço! Quando não sabia, só rezava aqueles benditos que me ensinaram quando era criança. Então ficava só observando mais não sabia rezar até que ganhei um terço e pedi a dona Maria [uma vizinha] para me ensinar. Hoje eu sei rezar e também gosto de ensinar o que eu aprendi. Agente tem que ser assim” disse emocionada.

E é com a oração que ela se apega. Quando tudo parece não ir bem em casa, encontra forças no hábito de rezar.E foi a oração que a ajudou a superar o momento mais difícil de sua vida até hoje: a morte do seu filho mais velho, Cleiton.

Cleiton, era um jovem tímido, calado. Sempre freqüentou a catequese e quando faleceu estava se preparando para fazer o sacramento do crisma. Como a maioria dos meninos, gostava de futebol e foi justamente jogando bola que Deus o chamou. Em uma tarde, durante uma pelada, uma forte pancada no joelho e em outras partes do corpo provocou-lhe uma infecção. Não demorou muito, sua vida lhe foi solicitada. Aquela noticia pegou a todos da comunidade de surpresa. No velório, a dor e o questionamento de “por que?” estava presente naquele rosto de mãe. Toda a comunidade foi ao velório: Padre, irmãs, vizinhos (as), leigos (as), amigos de colégio, Cleiton tinha 17 anos.

“Ainda hoje é difícil não lembrar dele. Durante sete meses não parei de chorar. Fiz muita oração e as pessoas me deram força. Às vezes sofri sozinha, mas continuei com fé” relata.

Nesse momento, associei o sofrimento Silvana ao de Bárbara Maix quando perdeu sua irmã e tantas outras companheiras para as doenças da época: Quanta dor e sofrimento! Mas a fé as manteve de pé. Sofrimento na vida, não faltou as duas.

Conheci a Bárbara Maix

Como já disse, Silvana é uma pessoa de fé. Por conta de problemas sociais que vive e que são comuns a grande parte da população brasileira como o desemprego, ela se apega aos santos e santas da Igreja, sendo um para cada dificuldade: o (a) da saúde, do emprego, da causa impossível.... Ela conta que, embora tenha rezado para muitos santos, destina um apreço especial a Venerável Bárbara Maix: “Pra mim, ela já é uma santa”, afirma nossa amiga quando questiono sobre como conheceu a fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

“Conheci Bárbara Maix por meio das irmãs e dos leigos. Sempre ouvia falar, mas foi quando eu estava desempregada e a Irmã Leonísia [Leonísia Comin] me indicou Bárbara para fazer uma novena. Eu fiz com muita fé pedindo emprego e eu consegui. Trabalhei por três meses em um colégio do Estado. O contrato acabou e eu fiquei desempregada novamente. Mas continuo rezando pra ela [Bárbara] para conseguir um novo emprego e vou conseguir” diz determinada.

Silvana lembra que da mesma forma em que, como forma de gratidão, ensina aos que precisam a reza do terço, também reza por Bárbara: “Não rezo apenas pedindo emprego, rezo pela minha família e rezo por Ela [Bárbara Maix] também, para ajudar na canonização. Toda as vezes, peço a Deus para que ela se torne uma santa”.

Ainda como gratidão e o desejo de contribuir pelo reconhecimento da santidade da madre, a dona-de-casa não se contenta apenas em rezar pela fundadora. Silvana conta que já enviou carta à Sede Geral da Congregação contando as graças recebidas por intercessão de Bárbara Maix: “Mandei uma carta para ajudar na canonização dela. Quem sabe eles tiram uma palavra da minha carta que vai ajudar na canonização...”.

A conversa foi interrompida para que Zezinho, filho mais novo que acompanhava a minha visita, buscasse a resposta da carta enviada. Com orgulho, Silvana mostrou-me a carta respondida pro Ir. Nélia Morais em que veio junto um cartão com a imagem da madre. O cartão é guardado como um tesouro: “Mandei a carta falando de mim e dos meus filhos e fui respondida. Ganhei esse cartão de Bárbara e continuo rezando”.



Quem é Silvana?

Maria da Silva e Silva – Silvana - é mais uma das (os) milhares de devotas (os) que olham para Bárbara Maix e se encontram quando observam toda sua vida: origem pobre, muito sofrimento, fé e objetivos firmes em busca do que almeja.

Este relato é o mesmo que cativa um número maior de devotos e devotas que ao olhar para Bárbara Maix e sua confiança em Jesus e no Imaculado Coração de Maria, sabem que encontram um auxílio divino em meio as suas dificuldades e que é possível buscar a superação.

Muitas Silvanas existem e sua existência e fé legitimam e legitimarão o título de Bem-Aventurada a Bárbara Maix e sem dúvidas, a santificação. Tudo é questão de tempo.

Um comentário:

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