quarta-feira, 31 de julho de 2013

Escola Pio XII - Peregrina junto a Jornada Mundial da Juventude





Irmãs do Imaculado Coração de Maria

Escola Pio XII


A Escola Pio XII, colocou-se peregrina junto a Jornada Mundial da Juventude.  Realizou, desde 2012, uma programação, não apenas de divulgação mas de engajamento: peregrinação, apresentação, reuniões com alunos e toda a Comunidade Educativa.



Em 2013, intensificou sua programação, como centro de hospedagem, formação  e adesão de voluntários formados por alunos, professores e funcionários dos demais serviços.



Os alunos do 7º Ano de Escolaridade ao Ensino Médio se inscreveram, doando sua disponibilidade, durante o recesso, para estarem presentes na escola ajudando a receber os peregrinos, atuando com hospitalidade e acolhimento, dimensões tão importantes do Evangelho que enriquece a experiência humana da convivência.



O próprio Papa Francisco ressaltou para a Igreja ser sempre hospitaleira, misericordiosa e profética.



A visita do Papa com a JMJRio-2013 fortalece a todos ao entusiasmo pela fé. Pede o fortalecimento na Esperança, deixar-se envolver por Deus e ter alegria. Orienta os jovens para a oração: “jovens, possam vocês aprender  a rezar todos os dias – esse é o modo de conhecer a Jesus e fazê-lo entrar na própria vida”.  



Aos temas da fé, o Papa trouxe, entre outros, o problema da fome numa crítica explícita ao desperdício. Neste sentido, nos fortalece pastoral e pedagogicamente como escola, ao cuidado.



O cuidar, experiência forte, pelo trabalho, convivência, preparação que uniu a Comunidade Educativa da Escola Pio XII na hospitalidade e acolhimento. E, nos abre, para permanente aprofundamento às causas que ameaçam a Justiça e impedem excessos evitando o desperdício.



Pastoral Escolar




A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e o rosto de Cristo em cada jovem.



Os jovens são os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo.



 “Nessa semana, o Rio de Janeiro se tornou o centro da Igreja”. As palavras do Papa Francisco marcaram a cerimônia de acolhida do Santo Padre em Copacabana. Com o tradicional sorriso e carinho, o Papa saudou e acolheu a multidão de jovens que se reuniram para ouvir as suas palavras no primeiro Ato Central da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013) presidido por ele.



O Papa convidou os jovens a colocarem Cristo em suas vidas. “Bote Cristo em seu coração: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado”, destacou.



A Escola Pio XII participou desse momento tão especial acolhendo Jovens, Sacerdotes e Religiosas de Aracaju/SE, de algumas cidades do Rio Grande do Sul, como Guaíba, Barra do Ribeiro, Esteio e outra e Góis Velho/GO, num total de 150 pessoas, trocando experiências e vivenciando culturas diferentes.



Os peregrinos receberam o carinho e alegria das Irmãs e de voluntários, grupo composto por educadores, alunos, ex-alunos e pessoas amigas, neste momento de fé e fraternidade.



Conforme Bento XVI recordou afetuosamente a participação e a alegria dos cerca de dois milhões de jovens em Madrid, ao final da JMJ no ano de 2011, esse encontro com a juventude é “uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz”.

Educadoras








Saiba Mais:



Escola Pio XII

Rio de Janeiro – RJ



Bárbara Maix


Imagem inesquecível

Isso é JMJ Rio2013
Na Rua por Jesus

terça-feira, 30 de julho de 2013

Encerramento da JMJ no Rio de Janeiro

As Irmãs do Instituto Imaculado Coração de Maria-Vasco da Gama – Rio de Janeiro –RJ, receberam as Irmãs do Setor Geral: Irmã Élida  Debastiani, Irmã Maria Joana Guedini e da Província de São Paulo: Irmã Ernilda Souza do Nascimento – Provincial, Irmã Adelaide  Queiróz Lima – Setor Formação e 3 aspirantes: Deise Vitoriano Melo; Renilma Binas e Ismara Cristina Libardi, além de 130 jovens e 6 sacerdotes para a Jornada Mundial da Juventude, nos dias 23 a 30 de julho de 2013. 

Foi uma  semana iluminada, cheia de paz e energia,  que nos trouxe luz e força para continuarmos  a missão. A convivência foi prazerosa com interação e harmonia entre peregrinos e nós.  A missa de abertura e de envio nos fortificou na comunhão da partilha e da solidariedade.
 
Foram momentos de revigoramento e abastecimento da fé, amor e caridade. Sentimos que a presença do Papa Francisco foi um bálsamo para a juventude e, também para nós Irmãs.
 
Peçamos ao Espírito Santo de Deus que nos ajude a nos predispormos  a ouvir os jovens e os idosos  em suas  utopias e sonhos. Juntos poderemos transformar o meio onde vivemos e propagar o amor e a caridade entre os povos, cada um fazendo seu papel transformaremos a sociedade e atingiremos um  mundo mais justo e fraterno.  

Abraço,
 
 
 
 
 
 
 

 
Irmãs do Instituto Imaculado Coração de Maria
Rio de Janeiro - RJ

Volta às aulas do Colégio Madre Bárbara motiva alunos

Lajeado – A manhã desta segunda-feira (29) foi incentivadora aos alunos do Colégio Madre Bárbara. No retorno a escola foi preciso animação para exercer as atividades propostas pelas professoras, buscando motivá-los ao segundo semestre de aulas.

As turmas dos 3ºs anos (31, 32 e 33) do Ensino Fundamental diferente dos outros retornos das férias, contaram com a ajuda dos alunos para decorar a sala de aula. A professora da turma 31, Lisania Corbellini, conta que costuma deixar a sala pronta para esperar as crianças, mas imaginou que seria melhor a alegria e criatividade deles para organizar o espaço.


“Alguns alunos usaram o tom de descontração para escrever frases como: professora louca de saudade ou alunos enlouquecidos para voltar as aulas, e eles gostaram bastante de participar desse momento de empolgação e incentivo.” Lisania destaca que é importante a ajuda deles para entrar no clima do segundo semestre.

Os alunos do 3º ano buscaram palavras motivadoras em revistas sobre adjetivos que combinariam com o segundo semestre, além de brincarem de bingo, onde teriam que completar a cartela ao descobrir as atividades realizadas por seus colegas nas férias. “Eles conversaram com os colegas, resgatando as atividades a interagindo uns com outros.”





A aluna Bruna Spiekermann (8) conta que foi ver sua avó em Porto Alegre e aproveitou muito. “Hoje de manhã ajudei a decorar o quadro com flores e borboletas e busquei a palavra conhecimento na revista, já estava com saudade dos colegas.”

A colega Maria Gabriela Ottiger (8) diz que em suas férias ficou em casa brincando e descansando. “Estava com saudade dos colegas e da escola.”

Retorno com leitura

A professora do 1º ano do Ensino Fundamental, Marília Junqueira, voltou às aulas com o incentivo à leitura que já vem trabalhando durante o ano no projeto hora do conto e sacola da leitura. “Neste retorno busquei trabalhar com um conto diferente com material ilustrativo para visualizarem a história e depois realizamos um desenho tridimensional.”


Para que os alunos voltassem com energia e animados, a professora buscou quebrar a rotina e pedir também um desenho de momentos que marcaram as férias de inverno.

O aluno Lorenzo Delazeri (6) estava animado e com as respostas afiadas no primeiro dia de aula devido as férias interessantes que teve. Segundo ele, foi visitar a avó e viajou para o Uruguai com a família. “Matei a saudade de comer a carne de panela da minha avó e pude brincar com meus primos.”


 

Renata Leal
Assessora de Comunicação  


Saiba Mais:

Colégio Madre Bárbara 
Lajeado -RS

Papa reza agradecendo pela viagem ao Brasil

O Papa Francisco chegou, na manhã desta segunda-feira, ao aeroporto romano de Ciampino, precisamente, às 11h24, concluindo assim a primeira Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, viagem esta que o levou ao Brasil para a tão esperada Jornada Mundial da Juventude no Rio.

Ao chegar a Roma, antes de transferir-se para o Vaticano, o Santo Padre dirigiu-se imediatamente à Basílica de Santa Maria Maior, para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ no Rio de Janeiro. Segundo informações do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o Papa se deteve por dez minutos, em oração, diante do altar da Virgem.

O Bispo de Roma colocou aos pés da imagem de Nossa Senhora uma camiseta com as cores do Brasil.

Rádio Vaticano

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cracóvia será sede da próxima JMJ


A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela Cracóvia (Polônia), em 2016, cidade natal do beato João II. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 28, durante a Missa de Envio da JMJ Rio2013.


Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a capital espiritual da Polônia. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyła. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se um destino popular para peregrinações cristãs.



O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental.


Agradecimento ao Papa


Antes do anúncio de Cracóvia como cidade-sede da próxima JMJ, o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanisław Ryłko, fez um agradecimento ao Papa Francisco. “Ao término destes dias maravilhosos e inesquecíveis que passamos no Rio de Janeiro, com o coração cheio de alegria, os jovens desejam expressar-lhe, Santo Padre, sua devoção e gratidão. Obrigado por ter presidido esta JMJ! Obrigado pelas palavras que dirigiu a estes jovens, palavras de esperança e indicações seguras para o caminho”, disse.


Os jovens se colocam, segundo o cardeal, como discípulos e missionários de Jesus Cristo. “Santo Padre, chegou o momento do envio missionário. Ao término desta JMJ, os jovens, enviados por Vossa Santidade, estão prontos a ir ao mundo inteiro como apóstolos da nova evangelização”, acrescentou.


Cardeal Ryłko disse ainda que a JMJ Rio2013 teve grandes frutos na evangelização; foram cerca de 300 bispos fizeram catequeses em 27 línguas diversas. Ele pediu que o Santo Padre abençoe os jovens discípulos e missionários de Jesus Cristo. “Eles estão aqui, prontos a partir deste imenso Cenáculo ao ar livre – exatamente como uma vez os apóstolos saíram do Cenáculo de Pentecostes – para testemunhar a sua fé até os extremos confins da terra!”, disse.

JMJ Rio2013

“Ide, sem medo, para servir”, disse Papa Francisco na Missa de Envio da JMJ Rio2013


Buscar doar-se aos outros e evangelizar sem medo foi a missão que o Papa Francisco destinou a todos os jovens durante a homilia da Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) neste domingo, 28. "Não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho, a sua fé", disse.
De acordo com o Santo Padre, O Senhor convida os jovens a serem discípulos em missão! “Ide, sem medo, para servir”, ensinou. "Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!", completou.

Papa Francisco disse ainda que o Senhor envia os jovens às outras pessoas para que possam levar o Cristo a todos, inclusive aos que parecem mais distantes e mais indiferentes. "O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor", explicou.

É necessário ainda não ter medo de anunciar o Evangelho. Papa Francisco lembrou que o profeta Jeremias também teve medo, mas Deus o fortaleceu. "Não tenham medo! Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: ‘Eu estou com vocês todos os dias’". Para anunciar o nome de Jesus, Paulo teve coragem de testemunhar pessoalmente o amor de Deus.

“Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor”, disse em outro trecho da homilia. O Papa Francisco disse ainda que, para servir, é necessário cantar ao Senhor Deus um canto novo. “Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço”, ressaltou.

O Santo Padre pediu pela Igreja da América Latina para que o anúncio ressoe com uma força renovada.

Evangelização na prática

O exemplo de Papa Francisco será seguido por todos, de acordo com Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013. “Nós também vamos contigo. Iremos contigo às ruas, às periferias, aos excluídos! (..) Agora chegou o momento de dizer, Papa Francisco: Envia-nos! A JMJ nos pede: ‘sejam missionários!’ E nós, com certeza, Santo Padre, iremos responder: ‘Eis-nos aqui, envia-nos’”, disse em discurso de saudação ao Santo Padre.

“A Jornada Mundial da Juventude é a Nova Evangelização em prática!”, destacou Dom Orani. Segundo ele, os frutos da JMJ Rio2013 ficarão presentes entre os pobres, doentes, necessitados, e os jovens, protagonistas de um mundo novo, junto com toda a sociedade serão construtores da Civilização do Amor sonhada por Jesus.

O arcebispo agradeceu a presença do Santo Padre na JMJ Rio2013 e destacou que os ensinamentos do Papa Francisco ficarão nos corações de todos. “Temos certeza de que os peregrinos que para cá vieram foram confirmados e aprofundaram sua fé no encontro com Jesus Cristo, e retornam empenhados a serem evangelizadores de outros jovens e da sociedade”, ressaltou.

Durante o percurso até o palco de Copacabana, o Papa Francisco beijou crianças, recebeu diversos presentes, como terços, camisas e bonés, e ainda tomou chimarrão em uma bombacha. Sempre entre sorrisos, ele acolheu aos que lhe davam demonstrações de carinho. 
 
JMJ Rio2013

Mais de 3 milhões de jovens participam da Vigília da JMJ Rio2013 em Copacabana

Mais de três milhões de jovens se reúnem na praia de Copacabana para participar da Vigília de Oração com o Papa Francisco. A informação foi divulgada pela prefeitura do Rio de Janeiro durante o percurso do Pontífice de papamóvel. Essa é a primeira vez que a praia recebe um público tão grande. O recorde anterior era de 2,3 milhões.
A Vigília é o penúltimo Ato Central da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013). Ela é considerada o ápice da programação oficial. Os jovens, juntos ao Pontífice, se reúnem em uma noite de adoração. A programação é acompanhada Ao Vivo em dioceses do mundo inteiro por outros jovens que unem-se espiritualmente nessa mesma oração.
 

Tradicionalmente, os jovens permanecem a noite no local da Vigília e na manhã de domingo participam da Missa de Envio com o Santo Padre. Nessa celebração, o Papa anuncia o local da próxima JMJ.

Apesar da estrutura improvisada, devido a mudança de local do Campus Fidei, muitos peregrinos foram para a praia preparados para permanecer a noite inteira no local. A programação deste sábado, 27, termina às 23h. Mas algumas igrejas da região farão vigília de adoração para os fiéis que desejarem permanecerem a noite em oração.  

Leia a íntegra do discurso do Papa ao abrir a vigília em Copacabana:

“Queridos jovens,

Acabamos recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: ‘Francisco, vai e repara a minha casa’. E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: ‘Repara a minha casa. Mas qual casa?’ Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.

Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o senhor precisa de vocês. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações, que fala a vocês.

Acredito que podemos aprender algo com o que aconteceu nos últimos dias. Tivemos que cancelar o evento em Guaratiba. Será que o Senhor não quer nos dizer que o verdadeiro campo da fé, não é um lugar geográfico, mas sim nós mesmos? Sim. É verdade, cada um de nós e de vocês. Eu e vocês todos aqui, somos discípulos missionários. O que quer dizer isso? Que nós somos o campo da fé de Deus.

Partindo do campo da fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo. Algumas sementes caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). O próprio Jesus explicou o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é semeada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Hoje, de modo especial, Jesus está semeando, tornando-nos o campo da fé. Deus faz tudo, mas vocês têm que permitir que Ele trabalhe nesse crescimento. Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada, pois nos deixamos tumultuar por tantos apelos superficiais? E eu lhes pergunt: ‘sou um jovem atordoado ou um jovem com pedras no terreno? Terei eu o costume de jogar dos dois lados, ficar de bem com Deus e com o Diabo? Receber as sementes de Deus e manter os espinhos? Acolher Jesus com entusiasmo, mas ser inconstantes e diante das dificuldades não ter a coragem de ir contra a corrente; ou somos como o terreno com os espinhos?

Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, ouvimos esses testemunhos. A pessoa diz que não é terra boa: ‘sou cheio de espinhos, Santo Padre’. Mas mantenham sempre um pedacinho de terra boa. Eu sei que vocês querem ser terra boa. O cristão quer ser isso, um cristão de verdade, não cristãos de fachada, mas sim autênticos. Sei que querem ser cristãos autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento.

Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. É assim ou estou errado? Se é assim, façamos o seguinte. Todos em silêncio, olhando para dentro e cada um fale com Jesus que quer receber a semente. Olhe: ‘Jesus, tenho pedras, tenho espinhos, mas tenho esse canto de boa terra’. Semeie. E em silêncio, permitem que Jesus plantem sua semente em boa terra. Cada um sabe o nome da semente que foi plantada agora. E Deus vai cuidar dela.

Segundo: o campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que ‘joguemos no seu time’. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Sim ou não? Pois bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: ‘Todo atleta se privam de tudo. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!’ (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Algo maior que a Copa do Mundo!

Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. É o que Jesus oferece. Mas ele nos cobra um ingresso. Jesus pede que treinemos para estar ‘em forma’, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, dando testemunhos de fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta.
 

Agora vou perguntar. ‘Eu rezo? Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio?’ Deixe que o Espírito Santo fale aos seus corações. Pergunte a Jesus: ‘O que quer que eu faça? O que quer da minha vida?’ Isso é treinar. Conversem com Jesus. E se cometerem um erro, um deslize, não temam. ‘Jesus, olha o que eu fiz, o que faço agora?’ Mas sempre fale com Jesus, nos bons e maus momentos, não tema. Assim vai se treinando o diáologo com Jesus. E também através dos sacramentos; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Esses são os treinamentos: a oração, os sacramentos e o serviço ao próximo. Vamos repetir: oração, sacramentos e ajuda aos demais.

Terceiro: o campo como canteiro de obras. Como vemos aqui, como tudo isso foi construído. Os jovens caminharam e construíram juntos. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se ‘sua a camisa’ procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Fizeram assim como São Francisco: construir e reparar a Igreja.

Querem construir a Igreja? Estão animados? E amanhã vão se esquecer que disseram ‘sim’? Todos somos parte da Igreja. Nos transformamos em construtores da Igreja e protagonistas da História. Sejam protagonistas, não fiquem na fila da História. Joguem sempre na linha de frente, no ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós somos uma pedrinha da construção. Se faltar essa pedrinha, quando chover, vai alagar tudo. E devemos construir uma grande Igreja. Não construir uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus!

Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Repitam isso. Agora é com vocês. ‘Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo’. Quero que pensem nisso. No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Não deixam que outros sejam protagonistas, sejam vocês. Vocês têm o futuro nas mãos. Por vocês, é que o futuro chegará. Peço que vocês também sejam protagonistas, superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às questões políticas que se colocam em diversas questões do mundo. Envolvam-se num mundo melhor. Não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Jesus não ficou preso dentro de um casulo. Saiam às ruas como fez Jesus.

Mas, fica a pergunta: por onde começar? A quem vamos pedir que se comece isso ou aquilo? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, por onde começaríamos a mudar, e ela respondeu: você e eu! Ela tinha muita garra e sabia por onde começar. Repito as palavras de Madre Teresa: começamos por mim e por você. Faça essa mesma pergunta: se tenho que começar por mim mesmo, por onde devo começar? Abra seus corações para que Jesus lhes fale.

Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu ‘sim’ a Deus: ‘Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra’ (Lc1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.

Assim seja!”
 
Papa Francisco

JMJ e Jovens Conectados

Papa pede a bispos que se orgulhem da vocação e ajudem fiéis em favelas

O Papa Francisco celebrou na manhã deste sábado (27) uma missa a bispos e padres na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro, e pediu para os religiosos, citando Madre Tereza de Calcutá, que promovam uma "cultura do encontro" e que sirvam aos pobres nas favelas, tendo "orgulho de nossa vocação". O pontífice criticou a "cultura da exclusão" na sociedade, na qual "não há lugar para o idoso, para a criança", e disse que é preciso ir contra essa tendência.

Francisco deixou a residência no Sumaré, na Zona Norte, em carro fechado por volta das 8h. Já no Centro da capital, ele embarcou no papamóvel e percorreu o resto do trajeto até a igreja com o papamóvel, de onde acenou para os fiéis e beijou algumas crianças. Centenas de peregrinos correram pelas ruas para acompanhar o veículo, que chegou ao templo pouco antes das 9h.
 

A missa foi restrita a bispos, padres e convidados que vieram de diversas partes do país para a Jornada Mundial da Juventude. Francisco cumprimentou e conversou com religiosos no interior da Catedral na sua chegada.

O pontífice tem em seguida encontro com representantes da sociedade civil, como empresários, artistas e autoridades. O evento acontecerá no Theatro Municipal, e Francisco fará um discurso no local. Ao fim dos primeiros compromissos oficiais do dia, ele segue para a casa no Sumaré, onde almoça com cardeais e integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Às 19h30, Francisco dá início à vigília em Copacabana.
 

Veja a íntegra da Homilia
RIO DE JANEIRO - 27.07.2013 - 09:00
Catedral - Santa Missa

Amados Irmãos em Cristo,

Vendo esta catedral lotada com Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas vindos do mundo inteiro,penso nas palavras do Salmo da Missa de hoje: «Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor» (Sl 66). Sim, estamos aqui reunidos para glorificar o Senhor; e o fazemos reafirmando a nossa vontade de sermos seus instrumentos, para que não somente algumas nações mas todas glorifiquem o Senhor. Com a mesma parresia – coragem, ousadia - de Paulo e Barnabé,anunciemos o Evangelho aos nossos jovens para que encontrem Cristo, luz para o caminho, e se tornem construtores de um mundo mais fraterno. Neste sentido, queria refletir com vocês sobre três aspectos da nossa vocação: chamados por Deus;chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro.

1. Chamados por Deus. É importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia-a-dia: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi», diz-nos Jesus (Jo 15,16). Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20). Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta “vida em Cristo” é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica,a fecundidade do nosso serviço: «Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo15,16). Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: «Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4). E nós sabemos bem o que isso significa:Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: «Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. É nas favelas, nos «cantegriles» nas Villas miseria, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria» (Mother Instructions, I, p.80). Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34).
 

2. Chamados para anunciar o Evangelho. Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (cf. Mt 28,19). É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. Certamente muitos, diante desse convite, poderiam sentir-se um pouco atemorizados,imaginando que ser missionário significa deixar necessariamente o País, a família e os amigos. Recordo o meu sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão. Mas Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos.

Não poupemos forças na formação da juventude! São Paulo usa uma bela expressão, que se tornou realidade nasua vida, dirigindo-se aos seus cristãos: «Meus filhos, por vós sinto de novo as dores do parto até Cristo ser formado em vós»(Gal 4, 19). Também nós façamos que isso se torne realidade no nosso ministério! Ajudemos os nossos jovens a descobrira coragem e a alegria da fé, a alegria de ser pessoalmente amados por Deus, que deu o seu Filho Jesus para nossa salvação. Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Jesus fez assim com os seus discípulos: não os manteve colados a si,como uma galinha com os seus pintinhos; Ele os enviou! Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, masde sair pela porta fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não frequentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor.

3. Chamados a promover a cultura do encontro. Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a “cultura do descartável”. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois“dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornama nossa civilização verdadeiramente humana.

Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quaseobsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as “nossas verdades”. O que nos guia é a certeza humildee feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf.Lc 24, 13-35).

Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promovercorajosamente a cultura do encontro. A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu «exemplo daquele afetomaternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar oshomens» (Conc. Ecum. Vat. II, Cost. dogm. Lumen gentium, 65). Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passosao encontro do Senhor.

Amém.

G1 e JMJ

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Papa no Angelus: Os avós são importantes na vida da família, comunicam o patrimônio de humanidade e fé


Foto: G1


O Papa Francisco iniciou esta sexta-feira, celebrando a missa na capela da residência arquiepiscopal de Sumaré, no Rio de Janeiro.

A seguir, o pontífice se dirigiu para a Quinta da Boa Vista onde confessou alguns jovens da Jornada Mundial da Juventude. "É o verdadeiro Santo Padre do povo", comentou Renan Souza, de 22 anos, um dos jovens confessados pelo Papa.

Da Quinta da Boa Vista, o Santo Padre se dirigiu para o Palácio São Joaquim, Arcebispado do Rio de Janeiro, onde se encontrou com cinco jovens detentos.

Depois, o Santo Padre assomou à sacada central do Palácio São Joaquim e rezou a oração do Angelus, neste dia em que a Igreja celebra Sant’Ana e São Joaquim.

Eis a alocução do Papa Francisco na íntegra.

Foto: Arquidiocese do Rio de Janeiro

Caríssimos irmãos e amigos!

Bom dia!

Dou graças à divina Providência por ter guiado meus passos até aqui, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Agradeço de coração sincero a Dom Orani e também a vocês pelo acolhimento caloroso, com que manifestam seu carinho pelo Sucessor de Pedro. Desejaria que a minha passagem por esta cidade do Rio renovasse em todos o amor a Cristo e à Igreja, a alegria de estar unidos a Ele e de pertencer a Igreja e o compromisso de viver e testemunhar a fé.

Uma belíssima expressão da fé do povo é a “Hora da Ave Maria”. É uma oração simples que se reza nos três momentos característicos da jornada que marcam o ritmo da nossa atividade quotidiana: de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. É, porém, uma oração importante; convido a todos a rezá-la com a Ave Maria. Lembra-nos de um acontecimento luminoso que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus se fez homem em Jesus de Nazaré.

Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé! Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas” (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado! Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Eles saúdam os seus avós com muito carinho, aos avós, saudamos aos avós, eles os jovens agradecem os avós com muito carinho e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente.

E agora, nesta praça, nas ruas adjacentes, nas casas que acompanham conosco este momento de oração, sintamo-nos como uma única grande família e nos dirijamos a Maria para que guarde as nossas famílias, faça delas lares de fé e de amor, onde se sinta a presença do seu Filho Jesus. (MJ)

Rádio Vaticano

Papa Francisco participa da Festa da Acolhida na Praia de Copacabana


Na noite desta quinta-feira o Papa Francisco realizou seu primeiro encontro oficial com os jovens, na Festa de Acolhida, na Praia de Copacabana. Antes de chegar ao palco montado na praia, Francisco percorreu de Papamóvel a Av. Atlântica, tomada por milhares de pessoas. No percurso, o Papa beijou e abençoou crianças, trocou seu solidéu ao receber outro de um dos presentes, mandou beijos para a multidão e tomou chimarrão.

O Papa subiu no palco passados poucos minutos das 18 horas. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta fez uma breve saudação, convidando-o, assim como a todos os presentes, a fazer um passeio pela cidade do Rio de Janeiro, através de músicas e imagens projetadas no enorme painel atrás do palco. Após, em grupos, jovens portando bandeiras dos países presentes na JMJ Rio 2013 subiram ao palco, saudando o Santo Padre.


Francisco saudou os jovens e após apresentações artísticas, o Papa fez o seguinte pronunciamento:

“Querido jovens, boa tarde!

Vejo em vocês a beleza do rosto jovem de Cristo e meu coração se enche de alegria! Lembro-me da primeira Jornada Mundial da Juventude a nível internacional. Foi celebrada em 1987 na Argentina, na minha cidade de Buenos Aires.

Guardo vivas na memória estas palavras do Bem-aventurado João Paulo II aos jovens: “Tenho muita esperança em vocês! Espero, sobretudo, que renovem a fidelidade de vocês a Jesus Cristo e à sua cruz redentora”.

Antes de continuar, queria lembrar o trágico acidente na Guiana Francesa, no qual a jovem Sophie Morinière perdeu a vida, e que deixou outros jovens feridos. Convido-lhes a fazer um minuto de silêncio e dirigir ao Senhor nossa oração por Sophie, pelos feridos e pelos familiares.

Este ano, a Jornada volta, pela segunda vez à América Latina. E vocês, jovens, responderam numerosos ao convite do Papa Bento XVI, que lhes convocou para celebrá-la. Agradecemos-lhe de todo coração! O meu olhar se estende por esta grande multidão: vocês são muitíssimos!

Nesta semana, o Rio se torna o centro da Igreja, o seu coração vivo e jovem, pois vocês responderam com generosidade e coragem ao convite que Jesus lhes fez de permanecerem com Ele, de serem seus amigos.Vocês vêm de todos os continentes! Normalmente vocês estão distantes não somente do ponto de vista geográfico, mas também do ponto de vista existencial, cultural, social, humano. Mas hoje vocês estão aqui, ou melhor, hoje estamos aqui, juntos, unidos para partilhar a fé e a alegria do encontro com Cristo, de ser seus discípulos.

O “trem” desta Jornada Mundial da Juventude veio de longe e atravessou toda a Nação brasileira seguindo as etapas do projeto “Bote Fé”. Hoje chegou ao Rio de Janeiro. Do Corcovado, o Cristo Redentor nos abraça e abençoa. Olhando para este mar, para a praia e todos vocês, me vem ao pensamento o momento em que Jesus chamou os primeiros discípulos a segui-lo nas margens do lago de Tiberíades.


Hoje Jesus ainda pergunta: Você quer ser meu discípulo? Você quer ser meu amigo? Você quer ser testemunha do meu Evangelho? No coração do Ano da Fé, estas perguntas nos convidam a renovar nosso compromisso de cristãos. Suas famílias e comunidades locais transmitiram a vocês o grande dom da fé; Cristo cresceu em vocês.

Hoje, vim para lhes confirmar nesta fé, a fé no Cristo Vivo que mora dentro de vocês; mas vim também para ser confirmado pelo entusiasmo da fé de vocês!

Saúdo a todos com muito carinho. A vocês, aqui congregados dos cinco continentes e, por meio de vocês, a todos os jovens do mundo, particularmente aqueles que não puderam vir ao Rio de Janeiro, mas estão em ligação conosco através do rádio, televisão, internet, digo: Bem-vindos a esta grande festa da fé!

Em várias partes do mundo, neste mesmo instante, muitos jovens estão reunidos para viver juntos este momento: sintamo-nos unidos uns com os outros, na alegria, na amizade, na fé.

E tenham certeza: o meu coração de Pastor abraça a todos com afeto universal. O Cristo Redentor, do alto da montanha do Corcovado, lhes acolhe na Cidade Maravilhosa.

Quero saudar o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, estimado cardeal Estanislau Rylko, e todos aqueles que com ele trabalham. Agradeço a Dom Orani João Tempesta, arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, pela cordialidade com que me recebeu e pelo grande trabalho realizado para preparar esta Jornada Mundial da Juventude, junto com as diversas dioceses desse imenso Brasil.

Agradeço a todas as autoridades nacionais, estaduais e locais, além de outros envolvidos, para concretizar esse momento único de celebração da unidade, da fé e da fraternidade. Obrigado aos irmãos no Episcopado, aos sacerdotes, seminaristas, pessoas consagradas e fiéis que acompanham os jovens de diferentes partes do nosso planeta, na sua peregrinação rumo a Jesus.

A todos e a cada um meu abraço afetuoso no Senhor.

Irmãos e amigos, bem-vindos à vigésima oitava Jornada Mundial da Juventude, nesta cidade maravilhosa do Rio de Janeiro”.

Rádio Vaticano