Meu primo, professor e historiador, que mora em Lajeado, José Alfredo Schierholt,
tem uma coluna semanal (Abrindo o Baú) num dos jornais da cidade. O do final de semana
será sobre Madre Bárbara e sua obra no Vale do Taquari.
Bom proveito.
Pe. Alex
tem uma coluna semanal (Abrindo o Baú) num dos jornais da cidade. O do final de semana
será sobre Madre Bárbara e sua obra no Vale do Taquari.
Bom proveito.
Pe. Alex
HOJE BEATIFICAÇÃO DE BÁRBARA MAIX
Com a solenidade da beatificação, hoje, dia 6, às 15h30min, em Porto Alegre, no Gigantinho, a Bem-Aventurada Bárbara Maix é apresentada ao mundo inteiro como modelo de vida. Completam-se 154 anos quando Bárbara Maix esteve em Porto Alegre, para fundar mais uma Comunidade da sua Congregação do Imaculado Coração de Maria.
Bárbara nasceu em 27-6-1818, em Viena, na Áustria, filha de José Maix e Rosália Mauritz. De dois casamentos, seu pai tinha 23 filhos, sendo Bárbara a caçula. Empregado doméstico no palácio imperial, a família morava nos galpões do mesmo palácio, onde sofriam fome e frio, pois, na época não havia calefação.
Com 15 anos de idade, Bárbara já tinha perdido seus pais e 18 irmãos. Com sua mana Maria, passou a morar na casa de sua professora, em troca de serviços domésticos. Do sofrimento aprendeu a se entregar nas mãos de Deus e a se preocupar com problemas sociais, especialmente as empregadas domésticas. Nasceu no seu íntimo o projeto de uma vida consagrada a Deus e ao próximo.
Com 15 anos de idade, Bárbara já tinha perdido seus pais e 18 irmãos. Com sua mana Maria, passou a morar na casa de sua professora, em troca de serviços domésticos. Do sofrimento aprendeu a se entregar nas mãos de Deus e a se preocupar com problemas sociais, especialmente as empregadas domésticas. Nasceu no seu íntimo o projeto de uma vida consagrada a Deus e ao próximo.
Bárbara e Maria se uniram a mais 18 moças para traçar uma vida em comunidade religiosa. Mas, desde 1842 estava proibido pelo governo fundar congregações religiosas. Por isso, deram à instituição o formato exterior e legal de um Pensionato Feminino. Entretanto, tudo foi descoberto pela polícia.
Bárbara decidiu emigrar para a América do Norte. Após longa espera no porto, eis que surge uma embarcação para o Brasil. Bárbara vê nisso a vontade de Deus. Depois de 57 dias de viagem, desembarcaram no Rio de Janeiro em 9-11-1848, recepcionados por Dom Pedro II, pois sua mãe, Princesa Leopoldina, havia nascido no palácio onde seu pai fora camareiro.
Em 8-5-1849, na segunda tentativa, foi oficialmente fundada a sua Congregação: Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Espalhou-se pelo Brasil inteiro.
Madre Bárbara veio a Porto Alegre, em 20-11-1856, para iniciar mais uma comunidade. Logo conseguiu a adesão de mais moças, entre as quais Francisca Inácia, filha de Antônio Fialho de Vargas, fundador de Lajeado, que se tornou Irmã Maria Clara de Santo Estanislau e que deu origem ao nome de Santa Clara do Sul.
Com a saúde muito abalada, a Bem-Aventurada Bárbara Maix se despediu de Porto Alegre, para fundar mais uma comunidade no Rio de Janeiro, aonde veio a falecer na segunda-feira de 17-3-1873. Seus restos mortais foram transladados para Porto Alegre, em 28-11-1987, e depositados numa urna na Capela São Rafael do Instituto Coração de Maria, Rua Riachuelo nº 508.
Com o passar do tempo a Congregação se expandiu. Foram fundadas comunidades em países da América, da África e na Europa. Apesar de sugerido à Câmara de Vereadores, a Bem-Aventurada Bárbara Maix ainda não foi homenageada com nome de rua nesta cidade.
OBRAS DA BEM-AVENTURADA BÁRBARA MAIX NO VALE
A Congregação do Imaculado Coração de Maria acreditou no Vale do Taquari. Investiu em obras nas áreas da educação e saúde.
OBRAS DA BEM-AVENTURADA BÁRBARA MAIX NO VALE
A Congregação do Imaculado Coração de Maria acreditou no Vale do Taquari. Investiu em obras nas áreas da educação e saúde.
A primeira obra e investimento foi a atual Escola Madre Bárbara, em Lajeado, Rua Borges de Medeiros, nº 403. As aulas tiveram início na segunda-feira de 8-2-1897. Estavam matriculados 140 alunos, havendo sete Irmãs professoras, sob a direção da Madre Maria Clementina Jaeger.
Nos primeiros 11 anos, a escola foi mista, até 2-3-1908, quando os meninos iniciaram as aulas no Colégio São José, mantido pelos Irmãos Maristas. Denominava-se Colégio Sant’Ana, em homenagem à mãe da Virgem Maria e avó do Menino Jesus. Deve-se à antiga denominação da Rua Sant’Ana, alterada para Rua Benjamin Constant. Em 15-4-1941, iniciaram as aulas da Escola Complementar Madre Bárbara, nova denominação do educandário.
A Congregação abriu nova casa na região, em Encantado, onde em 8-1-1900 foi instalado o Colégio Santo Antão, com quatro religiosas educadoras. Em setembro de 1945, a denominação foi alterada para Escola Madre Margarida. Fechou em 1968, assumida pela Escola São Pedro, até 1975, transformada na atual Escola Estadual Monsenhor Scalabrini.
Em 7-9-1943, vieram as primeiras cinco religiosas para o Hospital São José, em Taquari, recém inaugurado: Madre Maria Clotilde, Irmã Tolentina, Irmã Renilda, Irmã Valburga, Irmã Beniceta e mais as juvenistas Amélia Denardi, Regina Bringenti e Rosinha Bragagnolo. Depois de 66 anos de serviço anônimo de dezenas de Irmãs, o Hospital foi entregue à comunidade, em 30-10-2009. As mesmas Irmãs também mantiveram a Escola Nossa Senhora da Conceição desde 1942, sendo entregue, no fim do ano letivo de 2009, à Comunidade Evangélica.
A Congregação mantém ainda em Taquari o Lar São José, na Rua Marechal Deodoro nº 1.420. É uma obra assistencial que atende crianças e adolescentes.
Ultrapassam, pois, 113 anos da presença da Bem-Aventurada Bárbara Maix nas diversas obras de sua Congregação no Vale. Correspondendo à expectativa, desta região surgiram numerosas vocações religiosas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, fiquei muito feliz ao ler o texto que conta um pouco mais sobre Barbara Maix e sobre o legado que essa santa deixou para nosso país.
ResponderExcluirUm legado de fé e amor, quantos e quantas centenas de gaúchos foram educados pelas Irmãs do Imaculado Coração de Maria, quantos jovens colheram os frutos daqueles projetos semeados pela Barbara Maix.
Fico feliz também em ler que uma tia-avó de minha avó, Madre Maria Clementina Jaeger fez parte da Congregação como religiosa e educadora.