quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Irmã gentila Richetti concede entrevista ao Jornal Zero Hora


Imprensa – o Blog Pró-Beatificação disponibiliza a entrevista de Irmã Gentila Richetti, postuladora da beatificação de Bárbara Maix ao Jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. A entrevista foi concedida ao jornalista Maicon Bock.

Confira:

A mulher que defendeu a beatificação de Madre Bárbara

À frente do processo de beatificação da madre Bárbara Maix (1818-1873), a irmã Gentila Richetti, 63 anos, chegou ontem à Capital aliviada. Natural de Parai, no norte gaúcho, ela foi recompensada pelo papa Bento XVI com a autorização do processo de beatificação que tramitava desde 1993.

É o primeiro passo para a canonização da austríaca que viveu em solo gaúcho. Ontem, ela conversou com ZH no Memorial Bárbara Maix, na Capital, onde estão guardadas relíquias da religiosa que em 1944 teria recuperado o garoto Ornorino Ecker, quatro anos, de uma grave queimadura. A beatificação será em 6 de novembro, no Gigantinho, na capital. Confira a entrevista:

Zero HoraO que significa a beatificação?
 
Gentila Richetti – Primeiro, um momento de grande alegria e festa. O povo está sendo motivado e preparado com imensa alegria. Também é um momento de reanimação, de retomada dessa mensagem forte e viva que a madre nos deixou de fazer sempre, em tudo, a vontade de Deus.

Zero HoraComo a senhora se tornou responsável pelo processo?
 
Gentila – A superiora-geral foi consultando algumas pessoas. Eu tinha descendência italiana, eu compreendia a língua, havia cursado Teologia na PUCRS e tinha um curso de espiritualidade em Roma. Quando veio o convite, não pude dizer que não. Eu não tinha conhecimento sobre a madre, mas pouco a pouco fui tendo contato, o caminho foi se iluminando, tornando o processo possível.

Zero Hora Houve algum momento de desesperança?
 
Gentila – Sim. Depois de um longo trabalho de análise de documentos, de um ano e meio costurando informações, colocando em uma ordem que respondesse ao médico do processo jurídico de beatificação, eu perdi praticamente tudo por causa de um problema no computador. Eu tinha salvado alguma coisa, mas eu precisei recomeçar. Precisei buscar novamente as informações em arquivos. Foram meses perdidos.

Zero Hora Por que transcorreu tanto tempo do milagre até o início do processo?
 
Gentila – No início do processo também nos perguntaram isso. Por que a demora se já reconhecíamos a santidade? Respondemos que se tratava da Dispersão dos documentos, no Rio, em Roma, em Porto Alegre, nos arquivos da Igreja.

Como alguém se torna santo

Para que alguém seja chamado de santo, é preciso provar que aconteceu o milagre, algo que só Deus conseguiria fazer. No caso dos santos, o primeiro passo é chamado de beatificação. È quando as autoridades da Igreja Católica confirmam que um milagre foi feito por Deus, por meio de uma pessoa muito religiosa.

No caso da madre Bárbara Maix, ela teria recuperado um menino de quatro anos de uma grave queimadura. Pessoas que conheceram o problema rezaram muito à Bárbara, que já havia morrido, para que ela ajudasse o menino.
 
E ele se curou. Depois de muitos anos e de muitos documentos de médicos da época, ficou provado que ela teria curado o garoto. O Papa, então, autorizou a beatificação.
Agora, o passo seguinte é esperar a confirmação de um novo milagre para a madre se torne santa. Para a Igreja, seria necessária essa segunda confirmação para a santificação.

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