Do site G1: Polícia Federal prendeu um homem suspeito de tráfico internacional de mulheres no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. As oito mulheres - todas cariocas - foram escolhidas por fotos, em e-mails trocados no mês passado, informou o Jornal Nacional nesta segunda-feira (5). Uma suspeita de ter aliciado as vítimas teve a prisão preventiva pedida à Justiça.
O grupo saiu do Rio de Janeiro na quinta-feira (1º), parou em Guarulhos para uma conexão e seguiria para a África do Sul. De lá, partiria para o destino final: a Namíbia, no sudoeste da África. O plano, porém, não deu certo.
Quando foram impedidas de embarcar, as mulheres mentiram para a polícia. Disseram que viajavam a passeio. Mas elas admitiram que iriam para a Namíbia para se prostituir no momento em que descobriram que os aliciadores haviam comprado apenas passagens de ida para elas. Para viajar, cada uma ganhou US$ 1,5 mil.
“Elas seriam levadas para algum lugar, seus passaportes seriam recolhidos. Elas passariam a viver num regime de semi-escravidão, onde trabalhariam para pagar os gastos dela e nunca conseguiriam pagar os gastos lá dentro”, disse o delegado Luís Vanderlei Pardi, responsável pela investigação. Segundo a PF, os aliciadores receberam US$ 6 mil cada um. Os dois são suspeitos de tráfico internacional de pessoas e formação de quadrilha.
Segundo a investigação, dois angolanos que moram na Namíbia encomendaram as garotas de programa. O homem preso em flagrante quando embarcava com as mulheres era responsável pelo contato com os estrangeiros. Sua colega, Maria Ferreira de Souza, segundo a PF, escolheu as vítimas. A irmã de Maria confirmou a escolha das mulheres, mas negou que a irmã participou do esquema de tráfico de pessoas. “Eu fiquei sabendo que um rapaz pediu para ela mandar umas meninas para fazer um evento, né. E quando chegou lá acho que não era nada do que eles falaram”, disse Iracema Ferreira da Silva.
A Polícia Federal vai pedir à polícia internacional, a Interpol, que investigue os angolanos suspeitos de envolvimento no esquema de tráfico de pessoas.
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