sexta-feira, 1 de julho de 2011

Missa comemorativa celebra 50 anos de vida religiosa das Irmãs Anna e Isalete Bisognin

Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de Maria comemoram jubileu de dedicação à fé

A dedicação, seja de qual natureza for, é sempre uma iniciativa digna de admiração. Dispensar atenção, horas, dias ou até uma vida inteira a pessoas, causas ou sentimentos é característica que define quem faz escolhas significativas. E, como diz o ditado, toda escolha implica renúncias, situações que nem sempre são fáceis de aceitar. Tais circunstâncias, em geral, geram comprometimento. E, quando o assunto é religiosidade, a vocação também estabelece o caminho a seguir.

Em 2011, as irmãs Anna e Isalete Bisognin celebram 50 anos de vida religiosa, em plena atividade. "Tudo começou pelo incentivo da família, quando ainda éramos crianças, com 12, 13 anos. Recebemos o chamado à vocação, e nossos pais contribuíram para que a resposta fosse dada", disse Isalete. Atualmente, as irmãs, que pertencem à Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, fundada por Bárbara Maix, em 1849, trabalham junto à direção da Escola Cristo Rei.

Foto: Fábio Dutra / Jornal Agora
Foto: Fábio Dutra / Jornal Agora
Educadoras por formação, elas destacam que passaram por todas as etapas e cursos específicos para vivenciar as rotinas escolares. "Só nesta escola, estou há 17 anos. Uma experiência muito rica, porque criança é vida", completou Isalete. O contato com o povo, de acordo com Anna, é um dos benefícios que a escolha trouxe para sua vida. "São virtudes e valores que muitas pessoas, hoje, não cultivam. Somos de uma época em que havia muita perseverança, com famílias estruturadas, diferente da sociedade atual. Por isso, buscamos sempre cumprir a missão da vida consagrada, vivendo a comunhão com Deus e a participação fraterna na comunidade", disse Anna. Mas, de acordo com o relato da dupla, a caminhada não foi sempre fácil, exigindo esforço, entusiasmo, paciência e fé. Quando Isalete começou a dar aulas, nem mimeógrafo existia. "Tivemos muitas rosas, porém, não sem espinhos. Passamos por escolas e comunidades diferentes, sendo necessária a adaptação às novas realidades que eram colocadas. Nem tudo foi ouro e prata, mas também teve muito disto", destaca Isalete.

No ano em que comemoram o jubileu, as irmãs reconhecem que, mesmo estando aposentadas, a atividade religiosa segue sem pausas. "O que vier daqui pra frente é crescimento pessoal. Queremos levar a vida da melhor forma possível", observa Anna. "O ontem já passou, e o amanhã, não se sabe o que vem", completa Isalete. No próximo sábado, 2, uma missa comemorativa será celebrada às 10h, na Igreja do Carmo. "E continuamos trabalhando, porque, se pararmos, a vida perde o sentido, o sono não vem, a depressão aparece. O que vier agora é graça de Deus", finaliza Isalete.


Por Anelize Kosinski
anelize@jornalagora.com.br




Do Jornal Agora
Rio Grande - RS
Link: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=1&n=13888

Nenhum comentário:

Postar um comentário