A Igreja celebra hoje, 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação de Jesus no Templo e, por inspiração desta celebração, é comemorado também o Dia Mundial da Vida Consagrada, proclamado pelo papa João Paulo II, em 1997.
A liturgia celebra a experiência de Maria, que, em obediência à lei, foi ao Templo passados 40 dias do nascimento de Jesus, para apresentá-lo ao Pai e cumprir o rito da própria purificação.
A festa da Apresentação de Jesus no Templo é o momento em que “se manifesta a consagração de Jesus a Deus Pai”. Sobre esta Festa e o Dia Mundial da Vida Consagrada, o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, dom João Braz de Aviz, falou com a Rádio Vaticano.
Segundo dom João, os consagrados são aqueles que, tendo entendido um olhar especial do Senhor, dizem um ‘sim’ a Ele. “Os consagrados sabem que muitas vezes passam por estradas de portas estreitas, lugares difíceis, mas sentem o chamado como um apelo forte de amor, e como descobriram que Deus os ama intensamente, na Igreja, ao lado de todas as outras vocações, eles, consagrados ao senhor, procuram ser sinal de luz que Deus é para todos os povos”, disse.
O Dia Mundial da Vida Consagrada foi estabelecido após a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Vita consecrata”, assinada por João Paulo II, em 25 de março de 1996. O documento reflete sobre a vida consagrada e sua missão na Igreja e no mundo.
“Ao longo dos séculos nunca faltaram homens e mulheres que, dóceis ao chamado do Pai e à moção do Espírito, elegeram este caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com coração 'indiviso' (1 Co 7, 34)”, recordava João Paulo II na introdução de “Vita consecrata”.
Em São Paulo
O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, expressou através de uma mensagem a importância e o significado destas celebrações. No documento, ao se referir à Festa da Apresentação do Senhor, o cardeal afirma que “com luzes e velas acesas nas mãos, agradecendo a Deus pelo Natal de Jesus, há pouco celebrado, e pela consolação e esperança que se renovam com a recordação da permanente fidelidade de Deus às suas promessas e ao seu amor salvador”. E que, como a Igreja, devemos olhar para Maria como “a Mãe de Jesus, Nossa Senhora da Luz, que trouxe ao mundo a ‘luz que ilumina todo homem que vem a este mundo’...”.
Aos religiosos e religiosas, dom Odilo afirma que eles fazem “resplandecer a luz de Cristo e do Evangelho no mundo” e que seu testemunho é necessário para a Igreja. O arcebispo afirma, ainda, que, mesmo que as pessoas não compreendam a vida religiosa, todas elas se sentem, de alguma forma, questionadas pelo testemunho da Vida Consagrada.
CNBB Nacional
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