Com a mesma alegria com que o salmista anunciava as
maravilhas do Senhor (Sl 26,7), eis que vos comunicamos algo da
celebração de Consagração de nossas quatro jovens Irmãs moçambicanas.
Chegou o dia 20 de janeiro, data esperada, anunciada, preparada com tanto zelo. Tudo pronto: corações, Liturgia, ambiente, comida... Este dia marcou a vida das Comunidades ICM em Moçambique. Lá estavam as Irmãs das 05 comunidades, os familiares, religiosos e religiosas, a comunidade cristã da paróquia S. Francisco Xavier. Na casa das Irmãs em Nampula, aquela movimentação. Foi necessário armar muitas tendas para que todas se acomodassem.
A missa iniciaria às 8h, mas desde as 7 da manhã já havia movimentação. Surpresa inesperada: faltou luz. E agora, como seria? Os cantos ensaiados, mas o órgão? Plano B, comprar baterias... tudo resolvido! Os batuques estavam lá, cheios de charme e de seu interior, o som vibrava. Sem microfones, as vozes entraram em ação.
O calor era imenso, sem ventiladores? É, desta vez, a transpiração foi completa e coletiva. Bem, tudo isso são detalhes, conto-lhes o principal. Uma celebração de quase 4 horas, muito linda. As dançarinas (10 Aspirantes) garantiram a beleza e a harmonia entre canto e dança. Passos e gestos delicados, no ir e vir, no elevar-se e no prostrar-se, o corpo falava, cantava e orava. Na procissão de entrada, lá estávamos seguindo as quatro jovens que se consagraram: Avelina, Eça, Esmeralda e Sidónia. Junto com seus pais caminhavam rumo ao altar. Aí permaneceram até que fossem chamadas pela coordenadora Provincial, Ir. Erena. Após responder, despediram-se da família e diante do altar, felizes, cantaram passando a estar junto com as Irmãs. Gesto simples, mas carregado de sentido, uma vez que agora estavam entrando oficialmente na família ICM.
Seguindo a Liturgia da Palavra do terceiro domingo, Deus nos fala e convida a colocar os dons a serviço, e, em Caná, Maria, a mãe de Jesus, diz: “fazei tudo o que ele vos disser”. Seguiu-se o rito da Consagração: Interrogadas pelo sacerdote, Pe. Rodinei, as jovens deram sua resposta afirmativa. Disponíveis a entregar a vida, é hora de colocar-se de joelhos e invocar o testemunho e a proteção dos santos e santas de Deus. A ladainha cantada em Macua, invocando também a Bem Aventurada Bárbara Maix e os santos da África calou profundamente em nosso coração.
Após a belíssima e significativa celebração houve festa e confraternização o restante do dia.
Irmãs Élida Debastiani e Erena Bernardy
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