Em um
discurso enérgico e acolhedor, o Papa Francisco animou os moradores da
comunidade da Varginha, em Manguinhos. “O meu desejo era visitar todos
os bairros deste país. Queria bater em cada porta, dizer ‘bom dia’,
pedir um copo de água fresca, beber um cafezinho e não um copo de
cachaça”, disse brincando.
Calorosamente, o Papa Francisco foi
recebido pelos fiéis da comunidade de São Jerônimo Emiliani. A visita,
realizada na manhã dessa quinta-feira, 25 de julho, foi realizada em um
clima festivo.
O Santo Padre foi recebido pelo pároco da
comunidade, padre Márcio Queiroz, e pela superiora das Missionárias da
Caridade. Presenteado com um colar com as cores do Brasil e muito
solícito, o Papa o colocou em volta do pescoço enquanto saudava os
fiéis. Dentro da capela, o Sumo Pontífice fez uma breve oração, abençoou
o novo altar da comunidade e ainda deu um presente.
Notadamente feliz, o Papa Francisco falou,
em seu discurso, dos valores de solidariedade, caridade e justiça
social. “Sempre se pode colocar mais água no feijão. Se pode colocar
água no feijão? Sempre?”, questionou os milhares de presentes. “Não
deixemos entrar em nosso coração a cultura do descartável, porque nós
somos irmão. Ninguém é descartável. Tudo o que se compartilha, se
multiplica”.
“Nenhum esforço de ‘pacificação’ será
duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que
ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma.
Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde
algo de essencial para si mesma”. E completou, “existe também uma fome
mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar”.
“Gostaríamos de pedir a vossa permissão
para quebrarmos um pouco o protocolo, assim como Vossa Santidade faz em
alguns momentos, e chamá-lo de Pai, Pai Francisco, aquele que acolhe a
todos e, especialmente, os mais pobres”, disse ao Papa Francisco um
jovem da comunidade, Rangler dos Santos.
Calorosamente, moradores acolhem o Papa
Após a bênção do altar, o Papa foi
recepcionado pelas crianças da comunidade. O Santo Padre brincou com
elas, pedindo que todas fizessem silêncio, colocassem as mãos postas em
oração e depois as abençoou.
O Santo Padre também saudou cinco jovens
voluntários do Comitê Organizador Local. Cristina Freira, do Equador;
James Kelliher, da Inglaterra; Valdir Moreira e Tiago Miranda,
brasileiros; e Stephanie Nizerz, francesa.
Muito atencioso, o Papa chegou a pousar com
uma camisa para que um morador pudesse tirar uma fotografia. Outro
morador foi ousado. Escreveu em um cartaz: “Papa, dá-me um abraço”. O
Sumo Pontífice viu e atendeu o pedido.
JMJ Rio2013
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